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Mostrando postagens de julho, 2021

Precisamos (re)pensar no tema violência

A história começa (sempre) assim. Peço já que repare quando isso acontecer novamente. Sim. História como essa que eu aqui contarei acontecerá novamente. Hoje, tratarei do Caso DJ Ivis , mas poderia ser também do Joãozinho, do Luizinho, do Zezinho.. A história começa assim: uma notícia divulgada pela mídia: uol , Folha de São Paulo , instagram , facebook , whatsapp (vou parar por aqui). Hoje em dia não conseguimos mais apontar para uma única mídia. Tudo acontece rapidamente e ao mesmo tempo. E calma que não é qualquer notícia. É uma notícia com um grande poder de captação da nossa atenção, pois traz uma informação capaz de despertar e acionar nossos sentimentos mais fortes. Indignação, dor, medo, raiva, ânsia por justiça, alegria. Nossa resposta, então, é instantânea, talvez até automática. Neste nosso caso, foram divulgadas as agressões que a mulher do DJ Ivis vinha sofrendo ao longo do tempo. A mídia tinha então dois verdadeiros potes de ouro. O primeiro, a pauta violência domést...

Dos cães, para nós

Talvez você já tenha ouvido a explicação sobre o porquê da vida dos nossos cães ser (muito) mais curta que a nossa. Alguém um dia cogitou que nós nascemos para viver uma vida boa, para nos amar e amar o próximo, para sermos bons com os outros. Então, a conclusão óbvia: como eles já nascem sabendo de tudo isso, não precisam de tanto tempo de vida como a gente. Bem, a explicação para a breve vida de nossos cachorros é biológica. Apenas um palpite meu. Agora, fique aqui mais um pouco e pense comigo sobre a riquíssima mensagem que há para além da literalidade dessas palavras. Os cachorros se satisfazem com as coisas mais singelas da vida. Uma vareta, uma pedra ou uma bolinha velha de tênis são motivos para o rabo começar a dar sinais de felicidade. Um prato de comida e um prato de qualquer ração promovem a mesma realização. Uma superfície plana (às vezes nem tão plana assim) é suficiente para repousarem e dormirem profundamente até que você o chame para brincar ou comer novamente. Toda...

15 anos de solidão

Estamos em 2021 . Imagine que você está andando por uma rua do seu bairro, tranquilamente, como sempre faz. Aquele caminho que você precisa fazer até chegar na pequena e gostosa panificadora do seu João. Os pães de lá são ótimos e você está mais que ansioso para levá-los logo para casa e poder comê-los com seu pai, mãe e sua filhinha. Imagine agora que, no percurso, agentes da polícia te abordam e te informam que você está sendo acusado de um crime grave. Você nega, claro, afinal, pouco entende o que está acontecendo, mas não lhe dão ouvidos. Você é conduzido então à delegacia e, de lá, para uma penitenciária de uma cidade da região metropolitana da Capital onde mora(va). Nada mais acontece. Nada mesmo . Estamos em 2036 . Você acorda, abre os olhos e recebe a notícia da sua vida. Poderá sair, enfim, da prisão. Ao chegar, finalmente, em sua casa, acha as coisas um pouco diferentes. Sequer encontra a velha panificadora de sempre. Acha seus pais (bem) diferentes. Você é recebido, inclus...

O lado bom

14 de julho de 2021. Um amigo publica em uma rede social uma foto da capa do exame da Ordem dos Advogados do Brasil que realizou. Na foto era possível ver algo além dessa capa. Era possível ver o resultado obtido: 39 de 80 questões . Para quem não sabe, é necessário acertar pelo menos 40 questões para passar para a segunda fase. Bem, esse meu amigo mostrou para o mundo que não foi aprovado. Mostrava, aparentemente, um insucesso. Essa foto me colocou a pensar. Como assim? Como alguém dá publicidade a um resultado desse? Como mostrar uma derrota em um mundo tão competitivo? Foram várias interrogações que duraram até eu ler a headline de sua legenda: tenha orgulho dos seus resultados e mantenha o foco . Aquilo me acalmou e continuei a refletir. Sim, a aprovação não veio e não veio porque é necessário, assim como em qualquer processo que seleciona , estabelecer critérios de corte. Não há análise de competência aqui. Simples assim. Mas a questão nem é essa. A questão que venho trazer ...

Entenda mais a dinâmica das linhas editoriais

Promessa é dívida, ainda mais com você. Segue então uma rápida explicação de como funcionarão as postagens. Vem comigo! As publicações serão divididas em duas linhas editoriais. Na primeira delas, os textos tratarão de assuntos cotidianos , de experiências vividas ou observadas por mim, de autoconhecimento , de coisas simples da vida (mas de grande valia), enfim, de qualquer coisa capaz de fazer você, eu ou qualquer um esquecer o que está acontecendo ao nosso redor, nem que seja por alguns minutos. E a segunda linha editorial? Bem, essa trará assuntos jurídicos . Minha profissão, lembra? Se você não for desta área, talvez não se interesse. Mas permita-me dizer que talvez você se interesse sim. Não vou copiar e colar artigos de lei, entendimentos de juízes e desembargadores. Nada do tipo. Seria chato, né?! Nessa sessão, os textos serão realmente jurídicos, porém, trarão reflexões e pensamentos que importam a todos nós por sermos cidadãos desse Brasilzão. E na pior das hipóteses,...

Aqui começo um projeto de vida..

  Olá! Se você está aqui, preciso agradecer pela sua presença. Ela é muito importante para mim. Espero que seja um momento agradável para você. Deixa eu me apresentar. Me chamo Tiago Sofiati. Hoje, na data em que escrevo essa primeira postagem, estou com 32 anos. Sou advogado e apaixonado pela profissão. Também sou (ou fui) biólogo. Trabalhei inclusive com invertebrados em cavernas em meados de 2013 (sim, com aranhas, escorpiões e coisas do tipo), mas, desde então, o Direito vem me conquistando dia após dia. De todo modo, acredito que essas informações pouco me definem. Então vamos as que falam mais de mim. Sou uma pessoa que deposita muita fé no autoconhecimento . Só investindo tempo em nós mesmos para saber como somos influenciados pela nossa história. Busco também sempre a vida leve , ainda mais nesse nosso mundo caótico. O fato de ver a leveza nas coisas simples da vida facilita minha vida, devo confessar. Já o Direito na minha vida fala sobre mim na medida em que se to...